Feito!
Nem posso acreditar que este malfadado doutoramento está feito! É incrível: stressa-se muito nos dias anteriores, quase não se stressa nada na véspera, volta-se a stressar no próprio dia, anda-se muito tenso, tentando manter a compostura, tentando não esquecer nada de importante em casa na altura de ir para a Reitoria, tentando conduzir com calma para lá (quase como quem só pensa em chegar lá vivo, que depois podemos morrer à vontade), chega-se muuuuito antes da hora, testa-se a aparelhagem toda (muitas vezes tudo deve funcionar bem à primeira, penso eu...) e espera-se, e as pessoas vão chegando, e espera-se ainda, e chegam mais, e espera-se ainda mais um pouco. É o Antes.
Lá dentro, gela-se perante o júri de becas pretas, fica-se sentado como se se tivesse um taco de bilhar na coluna e como se a cadeira estivesse a ferver, depois salta-se de lá, faz-se em modo automático a apresentação tão ensaiada, depois há a trapalhada com as luzes, o projector, o tampo do portátil... Começa a discussão - este(a) deve estar a querer lixar-me - mas onde foi ele(a) buscar essa ideia? - e não se cala! - é pa responder ou quê? - ah, pera aí, que eu já te f*** - e irritamo-nos, e respondemos, e discutimos, e de repente começa a parecer que afinal sabemos alguma coisa, e depois o primeiro acaba, e vêm outros, e discutimos com eles, e finalmente as palavras finais, e o júri vai reunir, e somos expulsos da sala. Lá fora, os colegas, os amigos, a família - a mãe saiu três vezes da sala, à terceira foi de vez, só agora sabemos disso -, o fotógrafo omnipresente, todos a falarem connosco, nós à rasca, qeu ainda não acabou, à espera. Chamam-nos. Lá vamos. Ouvimos o presidente: o júri... deliberou... aprovar... É o Durante.
E cumprimentos, felicitações, desejos do maior sucesso, mais fotos, e saímos com o presidente que repete aquilo aos que esperam, e palmas, e fotos, e prendas, e falamos com toda a gente, e... e começou assim o nosso Depois, o nosso Para Sempre. E já não se sabe exactamente o que aconteceu Durante - talvez um sonho, talvez um lapso no tempo.
Está feito.
Lá dentro, gela-se perante o júri de becas pretas, fica-se sentado como se se tivesse um taco de bilhar na coluna e como se a cadeira estivesse a ferver, depois salta-se de lá, faz-se em modo automático a apresentação tão ensaiada, depois há a trapalhada com as luzes, o projector, o tampo do portátil... Começa a discussão - este(a) deve estar a querer lixar-me - mas onde foi ele(a) buscar essa ideia? - e não se cala! - é pa responder ou quê? - ah, pera aí, que eu já te f*** - e irritamo-nos, e respondemos, e discutimos, e de repente começa a parecer que afinal sabemos alguma coisa, e depois o primeiro acaba, e vêm outros, e discutimos com eles, e finalmente as palavras finais, e o júri vai reunir, e somos expulsos da sala. Lá fora, os colegas, os amigos, a família - a mãe saiu três vezes da sala, à terceira foi de vez, só agora sabemos disso -, o fotógrafo omnipresente, todos a falarem connosco, nós à rasca, qeu ainda não acabou, à espera. Chamam-nos. Lá vamos. Ouvimos o presidente: o júri... deliberou... aprovar... É o Durante.
E cumprimentos, felicitações, desejos do maior sucesso, mais fotos, e saímos com o presidente que repete aquilo aos que esperam, e palmas, e fotos, e prendas, e falamos com toda a gente, e... e começou assim o nosso Depois, o nosso Para Sempre. E já não se sabe exactamente o que aconteceu Durante - talvez um sonho, talvez um lapso no tempo.
Está feito.
1 Comments:
gargalhadas...uma descrição perfeita!
(vim retribuir os salamaleques...)
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